O trabalho objetivou analisar a dinâmica da chuva de sementes em um sistema ecológico em área de Caatinga no Semiárido paraibano. O período amostral do estudo foi de janeiro a dezembro de 2019 e foi executado no Espaço Experimental Reservado para Estudos de Ecologia e Dinâmica de Caatinga – Área I do Laboratório de Ecologia e Botânica – LAEB/CDSA/UFCG (7°39’38.8’’ S e 36°53’42.4’’ W; 538 m de altitude). A área de estudo possui uma extensão de 1,05 ha e nela foram dispostas 96 parcelas de 10 x 10, sendo que foram definidas 48 parcelas para o estudo de chuva de sementes. Nestas parcelas reservadas, foram dispostos coletores com dimensões de 0,25 m² (0,5 x 0,5 m), totalizando 12 m² de área amostral. Mensalmente o material foi recolhido e a triagem realizada no Laboratório de Ecologia e Botânica. Em seguida o material foi pesado em balança analítica de precisão de 0,001g. A massa total das frações foi 3.521,3651 g em 12,0 m², correspondendo a 2.934,47 kg/ha1 de material total. A fração folha representou a maior deposição na maioria dos meses, evidenciando a sua maior expressão no mês de setembro onde não houve precipitação. Com relação ao percentual de massa por fração, o componente folha representou a maior contribuição anual, seguida de galhos e frutos, sendo que cascas obteve a menor deposição. No percentual de sementes depositadas, observou-se que ocorreu variações sazonais na chuva de sementes, pois no período chuvoso obteve a maior deposição de sementes e no seco houve uma queda na contribuição. Relacionando a riqueza de espécies e precipitação, observou-se que a maior riqueza de espécies foi no mês de junho, onde os valores de precipitação foram baixos. Quanto ao percentual de sementes e contribuição de riqueza de espécies, maio teve maior presença de sementes, porém a riqueza de sementes superou todos os meses no mês de junho. Portanto, a chuva de sementes mostra-se um mecanismo de extrema importância para ações de reversão de áreas degradadas e estudos voltados para a regeneração natural.