O clima apresenta associação direta com o processo de transmissão e agravos de diversas patologias respiratórias. Na época de seca, devido às queimadas em algumas regiões brasileiras, são evidenciados aumentos nas taxas de exacerbação dos quadros de asma e DPOC. Portanto, este artigo tem como objetivo realizar uma revisão integrativa sobre a inter-relação entre a sazonalidade climática e as doenças respiratórias. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada por meio de pesquisas eletrônicas nas seguintes bases de dados: PubMed, Scielo e BVS, no mês de agosto de 2022, seguindo os critérios de inclusão e exclusão. A pesquisa foi realizada a partir da revisão de 7 estudos. Entre os estudos foi evidenciado que a umidade pode influenciar indiretamente a morbimortalidade a partir do estresse térmico e estado de hidratação. A baixa umidade está relacionada com a desidratação e agravamento de doenças respiratórias pré-existentes, enquanto que a alta umidade, em casos graves, devido à troca de calor inapropriada com o meio ambiente, pode evoluir com síncope pelo calor, cãibras de calor e exaustão, levando à morte. Ondas de calor também estão associadas a maiores taxas de morbimortalidade em pacientes idosos, devido à redução da capacidade de termorregulação nesses pacientes. Dessa forma, faz-se necessário dar seguimento com novos estudos, a fim de aprimorar as técnicas de avaliação e prevenção das afecções respiratórias, e promover capacitação para os profissionais de saúde e população, com a finalidade de promover uma assistência integral em saúde e realizar um plano de intervenção precoce.