Introdução: Em virtude das graves repercussões da insônia sobre a saúde do binômio materno-fetal, esforços vêm sendo despendidos no sentido de encontrar alternativas terapêuticas eficientes e seguras. Objetivos: Em vista disso, objetivou-se reunir as evidências disponíveis acerca dos fármacos comumente prescritos às gestantes para o tratamento da insônia em relação aos efeitos potencialmente deletérios sobre a saúde materno-fetal, tendo em vista que o impacto negativo do distúrbio não tratado deve ser levado em consideração. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura realizada por meio de buscas de artigos indexados nas bases de dados MEDLINE, LILACS e IBECS. Resultados: Ao total foram selecionados 19 estudos cujos resultados evidenciaram que as opções farmacológicas disponíveis para o tratamento da insônia na gestação incluem benzodiazepínicos e medicamentos relacionados aos benzodiazepínicos, como medicamentos Z, antipsicóticos, antidepressivos sedativos e melatonina. A revisão de literatura sobre os fármacos comumente prescritos às gestantes para o tratamento da insônia evidencia melhora no sono, mas não existem estudos adequados e bem controlados em humanos sobre a segurança clínica, tendo em vista os riscos à saúde do binômio materno-fetal. Sugere-se que os benefícios potenciais podem justificar o uso do medicamento em mulheres grávidas, sobretudo nos casos graves de insônia e quando não há alternativas terapêuticas. Conclusão: Por se tratar de um grande desafio na prática clínica, as diretrizes internacionais estabelecem uma abordagem compartilhada de tomada de decisão, envolvendo a gestante e os seus familiares, para a prescrição de terapia farmacológica para insônia durante a gravidez.