ResumoAs evidências contemporâneas sobre os ganhos de flexibilidade em função da técnica de liberação miofascial ainda apresentam resultados inconclusivos. Portanto, o objetivo do presente estudo foi revisar, de forma sistemática, as evidências sobre os efeitos da liberação miofascial sobre os ganhos de flexibilidade. A busca dos artigos foi realizada no Google Acadêmico até maio de 2017, com a aplicação dos seguintes descritores: "liberação miofascial", "flexibilidade" e "foam roller". Foram encontrados 22 artigos e após a aplicação dos devidos critérios de inclusão e exclusão, quatro investigações apresentaram elegibilidade para compor a presente revisão. As evidências encontradas, de maneira totalitária, apontam a eficiência da liberação miofascial em promover aumento nos ganhos de flexibilidade, seja de forma aguda ou crônica. Sendo assim, sob a égide das evidencias em tela, sugere-se a liberação miofascial como uma estratégia pertinente e eficiente, em sua aplicação, no que diz respeito aos ganhos de flexibilidade.
Palavras
IntroduçãoA liberação miofascial -LMF -é uma técnica similar às demais técnicas de terapia manual, possuindo característica passiva, a qual é realizada por profissionais da área da saúde, utilizando as mãos, cotovelos, dedo ou instrumentos específicos como o stick 1 . A sugestão é que esta técnica seja realizada em movimentos de cisalhamento entre a pele e a fáscia 2-4 . A fáscia é entendida como uma rede tensional de tecido conjuntivo, que envolve todas as estruturas do corpo humano, como os músculos, vísceras e endotélio 2,3,[5][6][7][8] . Como os demais componentes articulares moles tendem a acumular tensões provocadas interna e externamente e vagarosamente começam a perder sua funcionalidade 9,10 . Então, a principal finalidade da técnica de LMF é diminuir as adesões fibrosas nas redes fasciais 11 e, por consequência, reverter a perda de energia da estrutura, após forte estresse mecânico (histerese), possibilitando o retorno da funcionalidade das redes fasciais 10,12,13 . Uma das principais místicas, que envolve as técnicas de terapias manuais é acreditar que as mesmas são capazes de remodelar os componentes fasciais e permitir uma maior complacência do tecido e, consequentemente, aumento na flexibilidade. Entretanto, até o presente momento, a literatura não sustenta essa afirmativa [14][15][16] .