“…Dessa forma, as agências de fomento à pesquisa (AFP) podem estimular o desenvolvimento de pesquisas que demandem a integração entre as disciplinas e entre a academia e outros setores sociais (ciência integrada) de diversas formas, relacionadas a capacitação e comunicação dos cientistas envolvidos, bem como a seleção, elaboração e avaliação das pesquisas (CFIR et al, 2005;FILHO;GARGIONI, 2017;GRC, 2016;LYALL;MEAGHER, 2007;LYALL et al, 2013;NIGHTINGALE;SCOTT, 2007;TREVISOL;MEDEIROS;GIANNINI, 2017 Por outro lado, as AFPs -ainda que parte importante -são apenas uma fração do sistema de produção, disseminação, aplicação e inovação científica, ainda fortemente pautado no molde disciplinar e fragmentador do conhecimento, de modo que essas agências enfrentam muitos obstáculos em incentivar a ciência integrada. Esses podem ser provenientes de fatores intrínsecos à PCI, ou seja, relacionados a financiamento, tempo e gestão de projetos e de riscos (AMBRIZZI; LACERDA; DUTRA, 2017;BREWER, 1999;BROWN;DELETIC;WONG, TINY, 2015;GRC, 2016;LYALL et al, 2013;NIGHTINGALE;SCOTT, 2007;CFIR, 2005;SCOTT, 2007), ou fatores internos às próprias AFP, como falta de continuidade das ações e processos de avaliação das pesquisas e programas (CFIR, 2005;LYALL et al, 2013;NIGHTINGALE;SCOTT, 2007;WALDMAN;DALPIAN, 2017 Explorar esse potencial é especialmente relevante para pesquisas em Oceanografia, uma vez que a ideia de interdisciplinaridade vem sendo historicamente discutida dentro das ciências do mar (MILLS, 1995).…”