(a) O campo de estudo "saúde e migrações" é relativamente novo, tanto entre as ciências da saúde como nas ciências sociais, quer a problemática seja abordada com metodologias quantitativas e/ou qualitativas tradicionais. O recurso a metodologias participativas tem sido uma exceção, embora estas ofereçam uma oportunidade concreta de intervenção, quer com os usuários dos serviços de saúde como com os profissionais de saúde. Recorrendo a um caso específico de investigação sobre saúde materno-infantil e reprodutiva nas populações migrantes, este artigo pretende contribuir para o debate sobre o uso dessas metodologias e os desafios e as possibilidades que oferecem como ferramenta metodológica em investigação direcionada à mudança social. The field of "health and migration" is relatively new, both among health sciences and social sciences, using either traditional quantitative and/or qualitative methodologies. The use of participative methodologies has been an exception although they provide an opportunity for intervention, both with users of health services or with providers. Using an example of research in the field of maternal-child and reproductive health among migrant populations, this paper hopes to contribute to the debate about the use of participative methodologies, their challenges and possibilities as a methodological tool in applying research for social change.