Em 1987, o governo do presidente José Eduardo dos Santos, de Angola, estava decidido por um termo nas operações da UNITA e da África do Sul no sudoeste africano. Auxiliadas por assessores militares russos, as FAPLA iniciaram uma grande ofensiva militar, mas, devido à inexperiência dos assessores e à rapidez da reação perpetrada pela UNITA auxiliada pela SADF, as forças combinadas angolanas recuaram até a pequena vila de Cuito Cuanavale. Após dias de cerco, o Exército Cubano interveio em favor da FAPLA revertendo, completamente, o desfecho da batalha que decidiu o futuro dos três países. Nesse sentido, o presente artigo pretende compreender como se deu o seu desfecho e como a memória em torno dela se tornou objeto de disputa entre os contendores.