“…Percebemos que no cliente à espera da cirurgia cardíaca afloram medos como da cirurgia, de ser cortado, de violação interior, de ficar marcado pela cicatriz e o da possibilidade da morte. Este último pareceu muito significativo, pois ao deparar-se com essa possibilidade, ele experimenta sentimentos de angústia e aflição que o acompanham durante todo o período perioperatório, conforme constatamos já no primeiro discurso obtido: O medo da morte é inerente ao desenvolvimento humano, é um medo do desconhecido, somado ao da extinção, das perdas afetivas, da solidão e do sofrimento (8,9) . A morte, apesar de parecer remota em nosso cotidiano, aqui se mostra possível e ameaçadora, causa temor insuportável, é encarada como um acontecimento terrível, pavoroso, do qual não se tem domínio.…”