A Doença Renal Crônica (DRC) é uma condição progressiva que compromete a função renal e reduz a qualidade de vida (QV) dos pacientes, sendo a hemodiálise uma terapia comum, mas restritiva e desafiadora. Por isso, o objetivo deste estudo é avaliar a qualidade de vida dos pacientes renais hemodialíticos de um hospital público de alta complexidade do Oeste do Pará. Para isso, trata-se de um estudo quantitativo, exploratório e descritivo que foi realizado entre janeiro e março de 2024, com 107 pacientes em hemodiálise em um Centro de Nefrologia no Baixo Amazonas. Foram aplicados questionários sociodemográficos e o Kidney Disease Quality of Life-Short Form (KDQOL-SF). A análise utilizou o software BioEstat 5.4 para identificar influências na saúde física, psicológica e social dos pacientes. Desse modo, a maioria dos pacientes era masculina, com idade média de 49,7 anos, predominantemente urbana, parda (85%) e com ensino médio. Entre as comorbidades mais prevalentes, destacam-se a hipertensão (71%) e o diabetes (37,4%). Os pacientes apresentaram altas pontuações em dimensões como função cognitiva e dor, enquanto apoio social e encorajamento pela equipe tiveram as habilidades mais baixas. Esses resultados ressaltam a necessidade de intervenções direcionadas ao fortalecimento do apoio emocional e ao manejo das comorbidades. Conclui-se que políticas de saúde personalizadas e estratégias focadas nas necessidades emocionais e clínicas dessa população são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com DRC.