Ribeirão Preto -SP, BrasilRecebido em 30/9/08; aceito em 4/2/09; publicado na web em 3/7/09 EXTRACTION AND PURIFICATION OF CHLOROPHYLL A ISOLATED FROM Spirulina maxima: AN EXPERIMENT FOR THE CHEMISTRY COURSES. This work describes a simple and economical experiment for the extraction and purification of chlorophyll a from Spirulina maxima. Extraction and purification of natural compounds can be considered one of the most illustrative experiments that can be performed in Organic Chemistry courses. Particularly, the chromatography of dyes and pigments allows students to have a better comprehension of the chromatography separations. These compounds represent an important class of organic pigments applied in pharmaceutical, cosmetic, detergent compositions, and various other fields and can be extracted from plants and algae. To extract, separate and purify chlorophyll a from associated pigments such as xanthophylls, carotenes, and pheophytins, very costly processes are reported. The present approach is perfectly adequate for use in Chemistry experiments for undergraduate students.Keywords: chlorophyll a; extraction and purification; Spirulina maxima.
INTRODUÇÃOAs clorofilas destacam-se dentre os mais conhecidos pigmentos vegetais sendo responsáveis pela captura de luz solar, produção de oxigênio e açúcares através da fotossíntese.1,2 A intensa cor verde das clorofilas deve-se a suas fortes absorções nas regiões do azul e vermelho do espectro eletromagnético, fazendo com que transmitam na região do verde.2 Presentes em quase todos os tipos de plantas, algas e algumas bactérias, estes pigmentos têm sido apontados como excelentes fotossensibilizadores, 3 antioxidantes e como agentes terapêuticos no combate de diversas doenças.
1A clorofila a pode ser considerada como o pigmento mais recorrente desta classe de compostos (75% dos pigmentos verdes presentes nas plantas), sendo empregada em várias composições farmacêuticas, como cosméticos, materiais de higiene bucal, em dietas, culinária e até mesmo em alguns detergentes.1 Muitos dos seus derivados, como a clorina e 6 e o "pheophorbide", ao lado de similares sintéticos, têm sido investigados como agentes sensibilizadores na terapia fotodinâmica, 4 em particular nos tratamentos de câncer de pele.As clorofilas a e b (Figura 1) são encontradas quase sempre em conjunto, sendo a clorofila a mais abundante na maioria dos casos. Particularmente nas algas Spirulina pacifica ou S. maxima encontrase apenas a clorofila a com rendimento de até 2% do seu peso.1,5 A fórmula molecular da clorofila a é dada por C 55 H 72 O 5 N 4 Mg e difere da clorofila b pela presença de um grupo funcional aldeído ao invés de um grupo metila no átomo de carbono 7 (Figura 1).Historicamente, a estrutura da clorofila a só foi completamente elucidada em 1960, quando Woodward confirmou a estrutura proposta para este composto através da sua síntese total.6 Pouco tempo depois Fleming 7 determinou a configuração absoluta da clorofila a não deixando dúvidas quanto a quaisquer aspectos estereoquímicos e, ao mesmo ...