Os povos Indígenas são conhecidos como a primeira população a se estabelecer em determinado local. O objetivo deste estudo foi avaliar e ponderar o grau de importância da Casa de Saúde Indígena (CASAI) nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), ao relacionar com os dados epidemiológicos da COVID-19. Trata-se de um estudo do tipo documental, ecológico, realizado do mês de setembro de 2021 ao mês de agosto de 2022. Foi realizada uma análise do número de CASAIs nos DSEIs de Altamira no Pará e Xingu em Mato Grosso. Foram verificados os boletins epidemiológicos divulgados diariamente pela Secretaria de Saúde Indígena, DATASUS e pelo Ministério da Saúde do Brasil em relação a COVID-19. As variáveis estudadas foram: o número de CASAIs, o número de Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) encontradas nos distritos, número de casos, óbitos e taxa de infecção de COVID-19 dos DSEIs. Foram incluídas todas as faixas etárias tanto do sexo masculino, quanto do feminino. As análises descritivas dos dados foram realizadas e apresentadas em forma de tabelas e gráficos produzidos pelo programa Excel 2017. A CASAI Sinop possui 4 enfermeiros enquanto a de Altamira apresenta apenas 1. Em relação aos técnicos de enfermagem, são 8 na CASAI de Mato Grosso e 7 na do Pará. Foi possível identificar uma diferença entre os que testaram positivos por todo o Brasil e toda a população de nativos, sendo em torno de 16% de positivados para toda a população brasileira e menos de 9% quando analisados apenas as populações de todos os DSEIs. Os indígenas que são atendidos pelo DSEI Xingu apresentaram quase 24% e o de Altamira mais de 58% infectados. Medidas de prevenção, promoção, educação em saúde são fatores determinantes no combate a patologias respiratórias em comunidades indígenas no Brasil.