Em um exercício de interpretação da comunidade disciplinar de Ensino de Biologia como produtora de políticas curriculares, partimos do entendimento de comunidade disciplinar como produtora de sentidos para as políticas e como, simultaneamente, tendo sua identidade produzida nessa mesma política, levando a uma comunidade sem comunhão. A comunidade disciplinar torna-se o resultado da articulação de demandas diferenciais atravessadas pelas lógicas da diferença e da equivalência. Nessa perspectiva, apresentamos os resultados de uma investigação de demandas curriculares da comunidade disciplinar de Ensino de Biologia no Brasil, considerando-as articuladas a tantas outras, capazes de produzir significações para a própria comunidade e para o currículo.