O transplante dental autógeno refere-se ao procedimento cirúrgico de inserção de um elemento dentário, proveniente do próprio paciente, em um alvéolo dentário vago, seja ele recém-extraído ou preparado cirurgicamente. Essa técnica é uma alternativa terapêutica para substituir dentes essenciais para a mastigação, sendo especialmente indicada em casos de agenesia dental, perda prematura de dentes devido a trauma, doença periodontal ou cárie. Molares, devido à sua importância funcional, são frequentemente escolhidos para esse procedimento. Este estudo apresenta um caso clínico no qual um dente severamente comprometido (dente 46) foi extraído, e o dente 38 foi transplantado para o alvéolo correspondente, uma opção considerada economicamente viável em comparação com outras modalidades de reabilitação. Após um acompanhamento de seis meses, foi observada uma recuperação satisfatória do local cirúrgico e a integração bem-sucedida do dente 38 ao alvéolo. Através deste relato e da literatura consultada, é evidenciado que o transplante dental autógeno representa uma opção terapêutica eficaz para casos de perda dentária precoce. Ressalta-se a importância de levar em conta fatores pré e pós-operatórios, tais como a idade do paciente, o estágio de desenvolvimento radicular, o tipo de dente transplantado, o trauma cirúrgico durante a extração e o armazenamento após a extração, uma vez que tais variáveis exercem influência sobre o êxito do procedimento.