3.11.7. Exposição de cães, equinos e pequenos mamíferos a riquétsias 3.12. Autorizações 4. RESULTADOS 4.1. Total de carrapatos coletados 4.2. Carrapatos no ambiente 4.3. Coleta em animais 4.3.1. Carrapatos em animais domésticos 4.3.2. Carrapatos em aves silvestres 4.3.3. Carrapatos em roedores silvestres 4.4. Ornithodoros sp. uma nova espécie de argasídeo (Acari: Argasidae) 4.5. Capturas fortuitas de carrapatos 4.6. Teste de Hemolinfa 4.7. Isolamento de riquétsias e Flavivírus 4.8. Identificação molecular de DNA de riquétsias em carrapatos 4.9. Pesquisa de anticorpos anti-riquétsias em animais 5. DISCUSSÃO 6. CONCLUSSÃO 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO I Aprovação do Comissão de Ética na Utilização de Animais ANEXO II Aprovação do Ministério do Meio Ambiente RESUMO Visando contribuir com a descrição da diversidade e ecologia de carrapatos e riquétsias no Cerrado brasileiro, este estudo foi conduzido em uma fazenda particular e suas imediações em Araguapaz, Goiás. O trabalho foi realizado durante quatro anos em 11 coletas, sendo oito em estações consecutivas em três fitofisionomias distintas. Coletou-se carrapatos do ambiente, de animais domésticos, aves e pequenos mamíferos silvestres e, em uma amostra destes, procurou-se por DNA de riquétsias. No ambiente foram coletados Amblyomma sculptum, A. ovale, A. parvum, A. naponense, A. rotundatum e Ornithodoros sp. O ambiente com infestação mais intensa e diversa foi a Mata de Galeria e o carrapato A. sculptum exibiu uma distribuição sazonal bem definida com larvas e ninfas prevalecendo nas estações mais secas e adultos nas mais úmidas. Em cães foram encontrados A. sculptum, A. ovale, A. parvum e Rhipicephalus sanguineus; em equídeos A. sculptum, Dermacentor nitens e R.(Boophilus) microplus; em bovinos R. (Boophilus) microplus e A. sculptum. Nas aves silvestres foram coletadas ninfas de A. sculptum e A. nodosum. Nos pequenos roedores coletou ninfas de A. parvum, larvas de Amblyomma spp e larvas de Ornithodoros sp. Coletas fortuitas em répteis, resultaram em ninfas e adultos de A. rotundatum e larvas de Amblyomma sp. Duas espécies de riquetsias do grupo da febre maculosa foram identificadas R. amblyommii e candidatus R. andeanae ambas em A. parvum e R. bellii em A. rotundatum. O carrapato Ornithodoros sp encontrado diverge morfologicamente e geneticamente das espécies conhecidas constituindo-se em uma nova espécie. De forma global ficou evidente que os animais na área estudada são expostos a uma diversidade maior de macroparasitos (carrapatos) e microparasitos (bactérias) do que em áreas muito mais antropizadas. O papel desta diversidade maior no desenvolvimento de doenças, na prevenção destas, merece investigações adicionais.