RESUMOContexto: Estudos sugerem associação entre zumbidos e transtornos psiquiátricos. Objetivo: Identificar a presença de transtorno de pânico em uma amostra de pacientes com queixas de zumbido. Método: Foram avaliados 50 pacientes com queixa primária de zumbido de um serviço ambulatorial de otorrinolaringologia, durante um período de dois meses. A identificação de transtornos psiquiátricos e do impacto do zumbido na qualidade de vida foi feita por meio do Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI versão 5.0) e do Tinnitus Handicap Inventory. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação audiológica e responderam a um questionário clínico-demográfico desenvolvido para este estudo. Resultados: Vinte (40%) pacientes apresentaram transtorno de pânico, sendo 8 com e 12 sem agorafobia; 41 (82%) pacientes apresentaram pelo menos um diagnóstico psiquiátrico, sendo os mais prevalentes: transtorno de pânico (40%), depressão maior (40%) e transtorno de ansiedade generalizada (34%). Conclusão: A prevalência de transtorno de pânico em nossa amostra de pacientes com zumbidos foi elevada, o que ratifica a importância da avaliação psiquiátrica nesses pacientes.Mathias KV, et al. / Rev Psiq Clín. 2011;38(4):139-42 Palavras-chave: Transtorno de pânico, zumbidos, comorbidades psiquiátricas.
ABSTRACTBackground: Many studies suggest there is an association between tinnitus and psychiatric disorders. Objective: To identify the prevalence of panic disorder in a tinnitus patients' sample. Method: We evaluated 50 patients with the main complaint of tinnitus of an Otorhinolaryngology outpatient unit for two consecutive months. The evaluation of psychiatric disorders was made with the Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I version 5.0) and the evaluation of the tinnitus' impact was made with the Tinnitus Handicap Inventory. All patients also were submitted to an audiological evaluation and answered a clinical--demographic questionnaire elaborated for this study. Results: Twenty (40%) patients had panic disorder, 8 with agoraphobia and 12 without agoraphobia; 41 patients (82%) had at least one psychiatric disorder, and the most prevalent were: panic disorder (40%), major depression (40%) and generalized anxiety disorder (34%). Discussion: The prevalence of panic disorder in this sample of tinnitus' patients was high, which reinforces the importance of a psychiatric evaluation on these patients.