Tissue distribution of epirubicin after severe extravasation in humans

Abstract

Purpose As critical parameter after extravasation of cytotoxic vesicants, anthracyclines were determined in removed tissue from patients requiring surgical intervention due to tissue necrosis. We monitored their distribution within the affected lesion to establish a possible dose–toxicity relation. Methods From six patients scheduled for surgery, removed tissue flaps were systematically analysed by HPLC (epirubicin: 5 subjects; doxorubicin: 1 subject). Results After extravasation, tissue concentrations were highly variable with an individual anthracycline distribution pattern ranging from a few nanograms up to 17 µg per 100 mg tissue, which indicated a substantial difference in tissue sensitivity among patients. The resection borders coincided with the extension of the erythema and guided the surgical intervention after demarcation of the lesion, which occurred usually 2 or 3 weeks after extravasation. At that time, drug was hardly detected at the resection borders. Wound drains were negative for the extravasated drugs while showing a time profile of vascular growth factors and inflammatory cytokines, which was highly similar to routine surgery. In all six patients, surgical debridement with immediate wound closure led to healing within approximately 2 weeks, when therapy was resumed in all patients with reasonable time delay. Conclusion Surgical intervention after demarcation of the extravasation lesion allows for almost uninterrupted continuation of treatment independent of the amount of extravasated anthracycline. As even minor amounts of the vesicants may trigger tissue necrosis, preventive measures merit the highest priority.

Extravasation due by anthracyclines: an oncology emergency

“…As antraciclinas, tais como daunorrubicina, doxorrubicina, epirrubicina e idarrubicina, são drogas vesicantes ligantes ao DNA (CEPSP, CEPO, BOULANGER et al, 2015;NEDOMANSKY et al, 2021). As antraciclinas possuem quatro mecanismos de ação principais:…”

“…Em casos mais críticos pode ocorrer a formação de necrose tissular (SOUZA et al, 2017). A gravidade das reações teciduais decorridas do extravasamento dependerá do tipo do antineoplásico, da concentração, da quantidade extravasada, da localização e do intervalo entre a identificação da ocorrência e a realização de protocolo de intervenção (POLOVICH, OLSEN, LEFEBVRE, 2014;NEDOMANSKY et al, 2021).…”

“…As antraciclinas são classificadas como drogas ligantes ao DNA, pelo fato desse antineoplásico ligar-se aos ácidos nucleicos do tecido. São as drogas mais temidas em um extravasamento, especialmente a doxorrubicina (DOX), constituindo uma emergência oncológica (POLOVICH, OLSEN, LEFEBVRE, 2014;KIM et al, 2020;FREITAS et al, 2021;NEDOMANSKY et al, 2021).…”

“…Com isso, as antraciclinas geram lesões teciduais graves, extensas e duradouras e seus sintomas podem surgir imediatamente ou em até dias e semanas (AL-BENNA, O'BOYLE, HOLLEY, 2013;POLOVICH, OLSEN, LEFEBVRE, 2014;NEDOMANSKY et al, 2021). Com o passar do tempo o eritema poderá intensificar-se e desenvolver uma descoloração e endurecimento da pele, além de descamação seca ou bolhas.…”

“…Com o passar do tempo o eritema poderá intensificar-se e desenvolver uma descoloração e endurecimento da pele, além de descamação seca ou bolhas. Quando há exacerbação na quantidade da droga extravasada pode ocorrer necrose, ulceração de tecidos subjacentes com dificuldade para a formação de tecido de granulação (POLOVICH, OLSEN, LEFEBVRE, 2014;NEDOMANSKY et al, 2021). Ademais, o extravasamento por antraciclinas pode ocasionar a interrupção e a suspensão do tratamento antineoplásico sistêmico pela necessidade de cuidados com a ferida por longo período e, inclusive, em casos mais graves, intervenções cirúrgicas, impactando negativamente o prognóstico de pacientes (MIURA et al, 2019).…”