Neste artigo apresentamos um panorama organizado de diversas formas e sentidos da ideia de "usar o corpo" associada a transações entre sexo, afetos e dinheiro, que escapam do conceito de prostituição. O artigo surge de uma pesquisa realizada com mulheres jovens em contextos de prostituição nas cidades de Cabrobó (PE) e Mataraca (PB) no Nordeste brasileiro. As visões, conceitualizações e experiências dessas mulheres traduzem uma prolífera criação de categorias discursivas de diferenciação, articuladas a um jogo de moralidades com economias locais/regionais e noções de família. Mostraremos como essas "economias sexuais" são descritas pelas mulheres e como se desenha como um caminho possível para compreender, de uma perspectiva de gênero, as economias locais na sua interseção com o mundo do sexo, da reprodução, da conjugalidade e da vida familiar.
palavras-chaveProstituição, Economias Sexuais, Juventude, Gênero.