Vivemos num tempo em que as cidades aumentam a sua população e densificam o espaço urbano, o que, geralmente, condiciona também o contacto com a natureza. Desta forma, as crianças crescem hoje distanciadas da natureza, o que traz consequências para a aprendizagem acerca do meio natural, nomeadamente aquela que ocorre pela sua experimentação e observação direta, muitas vezes enquanto brincam. Os espaços verdes urbanos (EVU) prestam um serviço neste âmbito aos habitantes das cidades, ao qual, muito dificilmente se encontra alternativa. Assim, o presente trabalho explora os EVU enquanto espaços que permitem brincar ao ar livre e, simultaneamente, a aprendizagem, na qual a criança explora o meio natural, conhece a fauna e a flora da região, bem como aprende jogos tradicionais, entre outros. Elaboraram-se para isso inquéritos por questionário anónimo, destinados a alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico de um Agrupamento de Escolas da cidade de Bragança e seus encarregados de educação, nos quais se questionam ambas as gerações acerca do uso dos espaços verdes/meio natural para brincar. O trabalho conclui acerca da importância dos EVU enquanto locais que disponibilizam maior espaço para brincar e contacto com a natureza, bem como são também espaços de aprendizagem e sociabilização. Conclui-se ainda acerca das diferentes vivências entre gerações e dos EVU serem utilizados para brincadeiras promotoras do exercício físico e mais “tradicionais”.