O teste de esterilidade é um dos requisitos essenciais para a garantia da qualidade e segurança de produtos farmacêuticos estéreis. Métodos farmacopeicos exigem 14 dias de incubação para liberação dos resultados e podem não detectar microrganismos ambientais não cultivados nos meios de cultura. Dessa forma, métodos microbiológicos rápidos vêm sendo propostos como alternativa aos utilizados tradicionalmente. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as novas tecnologias de detecção microbiana e seu potencial de aplicação para o teste de esterilidade. A metodologia consistiu em revisão integrativa e descritiva da literatura, utilizando as bases de dados SciELO, LILACS, MEDLINE, PubMed, Science Direct, Google Scholar e Web of Science, avaliando-se trabalhos publicados de fevereiro de 2009 a junho de 2024. Foram selecionados 13 artigos para a revisão, por meio da qual foi possível verificar que métodos microbiológicos efetivamente mais rápidos, sensíveis, precisos e reprodutíveis vêm sendo desenvolvidos e mostram-se como alternativas promissoras ao teste de esterilidade, especialmente aqueles baseados em bioluminescência de ATP, detecção colorimétrica da produção e consumo de CO2 e citometria de fase sólida. No entanto, a implementação de métodos microbiológicos rápidos exige reflexão minuciosa da compatibilidade da técnica às características do produto, dos critérios de validação, da complexidade técnica, dos custos e da necessidade de aprovação dos órgãos regulatórios, os quais podem representar obstáculos neste processo, mas que precisam efetivamente ser superados.