Trabalho docente no Instituto Federal de São Paulo no contexto da Pandemia de Covid-19

Abstract

Apresentamos nesse artigo uma análise da organização e das condições do trabalho docente no Instituto Federal de São Paulo durante o primeiro momento da pandemia de Covid-19 (março-julho 2020). Para tanto, recorremos aos dados levantados por meio de questionário e sistematizados no relatório de pesquisa sobre o trabalho no IFSP, produzido pelo SINASEFE-SP. Observamos que antes mesmo da retomada do calendário letivo pela instituição, os docentes já sinalizavam que não possuíam as condições adequadas para o exercício do trabalho; que faltavam instrumentos e ergonomia; que a pandemia provocou um embaralhamento entre atividades profissionais e domésticas; que intensificou e estensificou o trabalho; e que tem provocado sofrimento psíquico. As mulheres foram as mais afetadas por esse processo. Os dados revelam que as condições de trabalho dos docentes no contexto da pandemia são bastante precárias, o que tem afetado a qualidade do trabalho e do ensino, demonstrando os limites do trabalho remoto.

Docência, família e escola no ERE: arranjos e tensões no Programa Escola em Casa da SME de Uberlândia

“…Para embasar as análises, dialogamos com a legislação educacional vigente no Brasil (Constituição Federal de 1988, ECA, LDB 9394/96) e com autores que pensaram a relação família e escola em diferentes tempos e espaços (ARIÉS, 1973;MAGALDI, 2010;LIMA, 2002); a tradição escolar (NÓVOA; ALVIM, 2021ALVIM, , 2022; a aula e o trabalho docente (MASETTO, 2003), a polidocência (MILL, 2006(MILL, , 2014(MILL, , 2015, a mediação pedagógica na perspectiva dialética e as relações entre sujeitos sociais e objetos técnicos (PEIXOTO, 2015(PEIXOTO, , 2016(PEIXOTO, , 2020; e o ensino remoto emergencial (DE SOUZA, 2021;GUIMARÃES, 2021;POCHMANN, 2020).…”

Riscos Ergonômicos em Ambientes Residenciais sob a Ótica de Discentes no Período de Pandemia do COVID-19

“…No entanto, quando se trata das residências dos alunos, a instituição não tem como ter esse controle e como a maior parte dos alunos não tem essa estrutura em suas residências, isso contribui para os riscos por falta dos itens de segurança. No entanto, as condições do ambiente reservado para estudo e trabalho em suas residências precisaram passar por adaptações e, muitos deles ainda não conseguiram alcançar os patamares da infraestrutura ofertada pelas instituições de ensino, as quais para obter licença do MEC para funcionar devem ter uma infraestrutura mínima (GUIMARÃES et al, 2021;SOUZA, 2021;FREITAS, 2021).…”