ResumoO presente artigo buscou uma aproximação com as trajetórias vitais e ocupacionais de mulheres cuidadoras profissionais de pessoas idosas. O estudo possui delineamento qualitativo. As participantes foram oito cuidadoras de pessoas idosas provenientes da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foram realizadas entrevistas abertas e de modalidade virtual com as participantes. A análise do material empírico foi realizada pelo paradigma da Análise Crítica do Discurso (ACD), da qual emergiram categorias de análise sobre 1) trajetórias e identidades; 2) sentidos, reconhecimentos e precarizações da profissão. Os resultados evidenciaram ambivalências e ressignificações associadas ao trabalho e a suas identidades enquanto "eu-cuidadora", sob um circuito de presenças e de ausências, atravessado por uma crescente precarização do trabalho de cuidado. O estudo evidencia a importância do tensionamento de representações sociais e de gênero associadas ao trabalho de cuidado, indo de encontro à padronização de emoções e comportamentos.Palavras-chave: mulheres trabalhadoras, cuidadores, traços de história de vida.