Objetivo: Identificar qual a influência de aspectos regionais na estrutura de capital de empresas brasileiras habilitadas ao atendimento de bancos públicos.
Método: Partindo do estudo de Meslier et al. (2020), foram extraídos os dados da pesquisa a partir das demonstrações contábeis-financeiras e de valor de mercado da base de dados Economática®, no período de 2010 a 2020 das empresas brasileiras (excetuando-se o setor financeiro), e propostos modelos de regressão linear com dados em painel.
Resultados e Discussões: Os resultados apontam que estar em regiões em que mais de um BP atua não implica em aumento do endividamento das empresas, exceto em períodos de crise. Por outro lado, conforme a Teoria Pecking Order, a saúde financeira exerceu efeito relevante na estrutura de capital das empresas, especificamente rentabilidade e capacidade de pagar juros.
Contribuições: O estudo analisa a estrutura de capital das empresas com proxy de regionalidade, não apenas no aspecto geográfico, elencando seus efeitos no endividamento e custo da dívida. Os Bancos Públicos têm grande participação no cenário do crédito brasileiro e, acessá-los, supera a questão de regionalidade implicando em estímulo na saúde financeira das empresas, dada a preferência por recursos internos. A pesquisa contemplou a localização geográfica da matriz das empresas analisadas, criando a limitação do acesso aos Bancos Públicos por parte das filiais. Pesquisas futuras mais regionalizadas podem abranger a atuação dos bancos privados e aprofundar no efetivo relacionamento das empresas com os bancos regionais.