IntroduçãoAs doenças renais, por terem repercussões crô-nicas, se revestem de importância clínica e econômica, sendo por isso, um problema de saúde pública. Dessa forma, todos os fatores que predispõem a uma diminuição ou perda da função renal, mesmo que indiretamente, devem ser investigados, possibilitando a prevenção e/ou a correta intervenção terapêutica. Neste contexto, a disfunção do trato urinário inferior, que indica um padrão miccional anormal gerando a perda da capacidade coordenada de armazenamento e eliminação de urina, ocupa um lugar de destaque, pois pode lesar o trato urinário superior gerando cicatrizes ou atrofias do parênquima renal 1,2 .A disfunção do trato urinário inferior, por ser uma desordem funcional, nem sempre é evidente e o diagnóstico pode não ser feito caso não haja um grande nível de suspeição, muitas vezes só sendo detectada após lesões renais irreversíveis. A dificuldade de abordagem dos pacientes com disfunção do trato urinário inferior fomentou o desenvolvimento de instrumentos de aferição 3,4,5 , com intuito de detectar potenciais portadores desta e estabelecer critérios universalmente aceitos, que possam ser aplicados em diferentes países, culturas, idiomas e faixas etárias. Entretanto foram desenvolvidos em países de língua inglesa, muitas vezes apenas traduzidos do original para a língua portugue-ARTIGO ARTICLE