Beginning in the second half of the 1960s, the development model that Brazilian governments envisioned for the Amazon was based on large landholdings and the massive transfer of public resources to numerous large rural landowners and private national and foreign companies based in the south-central regions of Brazil. Large tracts of land were destined for the exploitation of natural resources (wood, minerals, etc.) but above all for cattle raising. However, workers’ struggle for land, with the occupation of unproductive properties and conflict but also solidarity, collective work, and mutual exchanges, produced initiatives that made possible another form of land tenure and use in the region, one that was diversified and more sustainable. A partir da segunda metade da década de 1960, o modelo de desenvolvimento, concebido pelos governos do Brasil para a Amazônia, foi pautado na grande propriedade da terra e na transferência massiva de recursos públicos a inúmeros grandes proprietários rurais e empresas privadas nacionais e estrangeiras sediadas no Centro-Sul do Brasil. Grandes extensões de terra foram destinadas não só à exploração dos recursos naturais (madeiras, minérios etc.), mas sobretudo à criação de gado bovino. Mas a luta dos trabalhadores pela terra por meio de suas experiências localizadas de ocupações de imóveis improdutivos, contestação e embates, mas também de solidariedade entre si, de trabalhos coletivos e trocas mútuas, puderam experimentar iniciativas que possibilitaram uma outra forma de posse e de uso da terra na região: diversificada e mais sustentável.