Transporte intra-hospitalar de pacientes críticos adultos: a elaboração de um website e de um protocolo de condutas

Abstract

O objetivo deste estudo foi desenvolver um website educacional sobre transporte intra-hospitalar de pacientes críticos adultos e propor um protocolo de condutas sobre esse tipo de transporte. Tratou-se de uma pesquisa aplicada, para a qual se utilizou a metodologia de Trochim (1999), baseada em modelo composto de quatro etapas que mesclam atividades de planejamento, desenvolvimento e avaliação de forma interativa e cíclica. O site pode ser acessado pela página do Núcleo de Informática em Enfermagem (NIEN) do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Para disponibilização na World Wide Web, ele foi submetido à avaliação de especialistas das áreas de informática, emergência e cuidados intensivos e de enfermeiros generalistas que analisaram conteúdo, metodologia, manipulação, utilização e projeto.

Significados e procedimentos adotados no transporte intra-hospitalar de pacientes crí­ticos: o discurso do sujeito coletivo

“…Em consonância com o DSC acima, diversos autores definem o TIH. Dentre eles: tipo de transporte temporário ou definitivo de pacientes por profissionais de saúde dentro do ambiente hospitalar, seja para fins diagnósticos, seja para fins terapêuticos [7,12]. A razão básica para o TIH do paciente crítico é a necessidade de cuidados adicionais (tecnologia e/ou especialistas) que não estão disponíveis no local onde o paciente se encontra [15].…”

“…A avaliação dos equipamentos e materiais que compõem o transporte deve ser checada antes de qualquer procedimento e precisam estar em perfeitas condições de uso, o que exige manutenção periódica [7]. Mediante a falha nos equipamentos, 45% dos eventos ocorridos no transporte seriam as falhas, como por exemplo: os equipamentos de ventilação mecânica (desconexão, cilindros de oxigênio vazios, bolsas furadas/selamento inadequado); equipamentos de infusão (término da bateria ou da medicação sem a possibilidade imediata de reposição); equipamentos de monitorização (mau funcionamento, interferência, tela imprópria para visualização) [19].…”

“…Essa conduta é referida pelos enfermeiros no DSC: É importante ressaltar que a avaliação dos pacientes, antes da realização do transporte, é imprescindível para o seu sucesso, seja qual for sua finalidade [7]. Em relação às dificuldades, ficou evidenciado que a falta de comunicação prévia da equipe de enfermagem com os setores de destino foi quesito desfavorável para a realização adequada do procedimento.…”

“…Os riscos são minimizados quando um planejamento cuidadoso é realizado [5][6][7], portanto é de fundamental importância ressaltar que todas as fases do TIH devem ser cumpridas: fase preparatória, na qual engloba intervenções que devem ser realizadas antes do início do transporte e análise de risco benefício, equipamentos e equipes do transporte; fase de transferência com o objetivo de manter a estabilidade e fase de estabilização pós-transporte [1,8,9]. Requerimentos envolvendo coordenação e comunicação são necessários para definir quem acompanha o paciente, qual a necessidade da equipe e a monitorização do transporte, que são essenciais para conduzir o tratamento de pacientes críticos [5].…”