As drogas são um problema na saúde pública que cada vez mais vem crescendo e impactando todo o mundo, sendo o Brasil um dos maiores consumidores. Além disso, é uma doença que impacta o ser humano, em todas as áreas e que precisa de acompanhamento de uma equipe multiprofissional, podendo causar distúrbios alimentares e, posteriormente, acarretar uma obesidade, porém, este tema ainda carece de estudos. Tendo em vista, tratar-se de um tema com grande importância para a saúde pública, o objetivo deste trabalho foi analisar o estado nutricional e comportamental de dependentes químicos. Foi realizado um estudo do tipo transversal, descritivo, exploratório e qualitativo. Os questionários aplicados foram QFA, EAT 26, teste ASSIST e recordatório de 24 horas, além da aferição antropométrica, em uma amostra de indivíduos que estão em tratamento do uso de drogas, no Instituto Crescer, em duas regiões administrativas do DF. Por meio dos resultados obtidos observou-se que 84% da amostra eram usuários de múltiplas drogas e em relação ao comportamento alimentar após o início do tratamento, 63,2% dos participantes relataram aumento da ingestão de alimentos doces. Sobre o estado nutricional, a maioria se enquadra na classificação de baixo peso e 24,3% positivou para risco de desenvolver algum transtorno alimentar. Mediante ao que foi exposto, é fundamental uma terapêutica multiprofissional, destacando o papel exercido pelo nutricionista, visto que o mesmo é necessário para realizar os ajustes na terapia nutricional do indivíduo, visando reduzir possíveis danos gerados no hábito alimentar, promovendo saúde e qualidade de vida.