Trasgrediendo los géneros. Activismos, performances y contracultura en la Buenos Aires de la posdictadura

Abstract

En el presente artículo analizaremos la operación subversiva tanto en el ámbito discursivo como en el corporal realizada por artistas como Ilse Fusková, Liliana Maresca y Batato Barea en la temprana posdictadura argentina. Sus propuestas trasgresoras nos llevan a reflexionar sobre la existencia de artistas que cuestionaron radicalmente la heteronormatividad, viviendo sus propios cuerpos como un territorio de experiencias políticas, las que inscribieron un legado para nuestro presente.

Um Corpo de Mulher e Resistência em Sin Titulo. Liliana Maresca con su Obra

“…Durante os anos de ditadura militar 6 , a produção artística argentina sofreu diversos impactos: artistas exilados, desaparecidos, obras censuradas, livros destruídos ou proibidos, entre outros horrores, são reconhecidos enquanto formas de ruptura à efervescência artística experimental que vinha acontecendo no país desde os anos 1960. Enquanto isso, o regime militar estimulava uma produção cultural voltada para o entretenimento (ROSA, 2016).…”

“…Em outras palavras "o enfrentamento a um corpo sofrido e martirizado pela ditadura deveria se dar por um corpo insubordinado, dançante e travestido" (CÁMARA, 2015, p.3). 7 Dentre as temáticas abordadas pelos artistas deste circuito, estavam as questões de controle sobre as sexualidades: a ordem heteronormativa, a despatologização da homossexualidade, a luta por liberdades sexuais, a epidemia da AIDS e as questões relativas à construção social do feminino (ROSA, 2016).…”

“…Em todas as imagens da série, o corpo da artista está nu, colocado de um modo usual que o sustenta em um lugar ativo, compondo uma unidade com os objetos com os quais se relaciona (ROSA, 2016). A partir das poses da performance, é possível perceber diversas temáticas sociais e dos estudos da arte, desde a violência realizada contra os corpos femininos nos períodos da ditadura, passando pela relação entre artista e obra, pela construção social das mulheres até o erotismo.…”

“…A escultura é um caroço de pêssego, construído pela artista em 1982. Rosa (2016), analisa esta imagem reforçando a semelhança da figura do caroço com a imagem de uma vulva (Fig. 5).…”

“…Como aponta Rosa (2016), a artista aborda a e aposta na força fértil do corpo feminino, ao embalar em seus braços um pêssego que é parecido com uma vagina, ressignifica a relação feminina com a sua sexualidade. Para Adriana Lauría (2008), curadora de arte que realizou algumas mostras da obra da artista, ao colocar-se numa relação de zelo com um objeto de arte construído por si, nesta imagem, ela coloca o objeto de arte como criado e parido, como um bebê.…”