Tratamento conservador da gravidez ectópica

Abstract

INTRODUÇÃO: A gravidez ectópica é definida como o evento em que a nidação se dá fora da superfície endometrial da cavidade uterina que ocorre principalmente nas tubas uterinas. METODOLOGIA: O estudo é uma revisão narrativa de literatura, a partir da base de dados MEDLINE, via PubMed, utilizando os descritores “Pregnancy, Ectopic” e “Conservative Treatment”. Foram incluídos artigos entre 2016 e 2021 nos idiomas português e inglês. RESULTADOS: Dos dezesseis artigos selecionados, cinco mostraram maior relevância para este estudo e correspondem a uma síntese dos principais referenciais teóricos obtidos nesta busca bibliográfica. DISCUSSÃO: A maioria das gestações ectópicas podem ser identificadas precocemente e tratadas com métodos conservadores, possibilitando a manutenção das tubas uterinas e evitando um procedimento invasivo, minimizando os riscos e os altos custos associados à cirurgia. Dentre as técnicas conservadoras, podemos citar o uso de metotrexato, uma terapia combinada ou terapia expectante. CONCLUSÃO: Conclui-se que o tratamento não invasivo se mostra relevante por meio da segurança e eficácia do MTX e pela alternativa da terapia expectante, determinados a partir do valor preditivo do beta-HCG, em contraste com os riscos inerentes ao tratamento invasivo.

Gestação ectópica cornual com tentativa de abordagem conservadora

“…Quanto a abordagem cirúrgica, pode ser feita por via laparoscopica ou laparotomia exploradora sendo na maioria das vezes realizada excisão da massa com salpigectomia ipslateral. Em gestações intersticiais, como a massa se insere na região em que a tuba penetra a parede uterina, a mesma se encontra revestida por dupla camada de miométrio, região essa com rico suprimento sanguíneo advindo (vasculatura ovariana e uterina) gerando maior dificuldade de hemostasia do que nas ectópicas em região ístimicas, ampulares ou fimbriais (DE MORAIS LR, et al, 2021).…”

Uso de letrozol no tratamento da gestação ectópica: relato de caso

“…Ademais, sabe-se que a GE tubária tem associação com fatores que atrasam ou impedem o transporte do zigoto até o útero (BRANCAZIO et al, 2019;OUYANG et al, 2021;ZHANG et al, 2019;ZUGAIB et al, 2020). Sobre a conduta medicamentosa, existem diversos relatos na literatura usando o fármaco Metotrexato (MTX) como o tratamento de primeira linha, contudo, ele possui interações farmacológicas importantes e diversos efeitos secundários e, por isso, sua substituição é de grande interesse clínico e científico (MORAIS et al, 2021;PCASRM, 2013;WHALEN;FINKEL;PANAVELIL, 2016). Neste âmbito, o LTZ vêm sendo utilizado no tratamento de GE em diversos estudos (ALABIAD et al, 2022;AUGER;AYOUB;WEI, 2020;HOSSEINI-NAJARKOLAEI et al, 2020;MANTEGHI et al, 2021;MITWALLY et al, 2020;REZAEI et al, 2021).…”