As células-tronco são precursoras das demais linhagens celulares, podendo ser classificadas quanto ao seu potencial de diferenciação. As células-tronco mesenquimais estão se destacando por apresentarem uma alta capacidade de regeneração, sendo as células derivadas do tecido adiposo o ponto chave para as novas tecnologias desenvolvidas, especialmente relacionadas ao processo de reparação tecidual. Neste sentido, o presente estudo visa compreender como as células do tecido adiposo com sua capacidade de multipotência podem atuar no reparo de lesões teciduais. Trata-se de uma revisão narrativa de caráter qualitativo, a respeito do uso das ADSCs (células-tronco derivadas do tecido adiposo) como formas de reparação tecidual. Como recurso metodológico foram utilizadas as bases de dados Scielo, Pubmed e a plataforma do Google Acadêmico, com o intuito de analisar pesquisas dos últimos dez anos que tratavam sobre o tema. Ao final do estudo foi possível perceber resultados positivos quanto ao uso dessas células no processo de fechamento de feridas. Por serem de fácil obtenção, podem ser consideradas células viáveis para transplantes por meio de procedimentos injetáveis, onde ocorre o aceleramento do processo cicatricial, potencializando os depósitos de colágeno e resultando assim na diminuição da área periférica da ferida e ausência de fibrose. Portanto, os benefícios encontrados com o uso das ADSCs são perceptíveis para as novas abordagens da engenharia tecidual, por resultar no melhoramento da ferida, porém, mais estudos em torno dessas células são necessários para obter uma imagem mais clara de seus benefícios.