A mordida aberta anterior é definida como a ausência de contato entre os incisivos em máxima intercuspidação habitual, caracterizando um transpasse negativo. Que necessita de tratamento precoce para que alterações de base óssea não se instalem no sistema estomatognático. O propósito deste trabalho é descrever a aplicabilidade de recursos da Ortopedia Funcional dos Maxilares em uma paciente de nove anos, do sexo feminino, no período de dentição mista, atendida na Clínica Escola de Odontologia da UFPE, em Recife, e diagnosticada com mordida aberta anterior esquelética. Os resultados foram alcançados no intervalo de trinta meses de tratamento utilizando o aparelho Simões Network 6 (SN6) – modelo especial de escudos labiais. A intervenção com o uso desse aparelho demonstrou que a técnica utilizada viabilizou a expansão dos arcos dentários e a rotação anterior da mandíbula. Houve uma mudança de postura terapêutica, como fechamento da mordida aberta anterior e vedamento labial. Após a reabilitação da oclusopatia, graças à colaboração da paciente, com o uso constante do aparelho, a harmonia facial foi restabelecida, assim como a conquista da deglutição normal, do selamento labial e da respiração predominantemente nasal.