Tratamento De Lesão Traumática Em Uti: Relato De Caso

Abstract

RESUMOO objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de tratamento de úlcera traumática labial utilizando protetor bucal em paciente internado em uma Unidade de Terapia Intensiva. Paciente do sexo feminino diagnosticada com uma doença neurodegenerativa apresentou uma lesão de aspecto ulcerado, de aproximadamente 12 mm na mucosa do lábio inferior. O diagnóstico foi de úlcera traumática decorrente de espasmos musculares involuntários em face. O tratamento proposto foi instalação de protetor bucal confeccionado a partir de uma moldeira pré-fabricada de EVA (etil-vinil-acetato) borrachóide associado à medicação tópica a base de corticosteroide sobre a lesão. Após 5 dias foi observada cicatrização completa da úlcera, dispensando o uso do dispositivo. Nos dias seguintes de internação não foram observadas novas lesões. O protetor bucal instalado mostrou-se efetivo no afastamento do tecido traumatizado de novos traumas, protegeu os tecidos não lesionados e proporcionou qualidade de vida e segurança à paciente. Este relato reforça a importância da Odontologia na assistência do paciente crítico.

Uso de protetor bucal para a prevenção de lesões orais em pacientes intubados na unidade de terapia intensiva: Uma revisão integrativa da literatura

“…Consolidando esta informação, os autoresLima et al (2021), indicam a utilização dos protetores bucais de EVA e afirmam que em pacientes intubados em UTI, em decorrência do desmame da sedação e distúrbios neurológicos, pode ser gerada uma agitação motora que acarretará traumas por mordedura ou compressão direta sobre o TOT, o que consequentemente ocasionará redução na perfusão do oxigênio levando a dessaturação e complicações advindas desta intercorrência. Assim, diante desse cenário, este tipo de protetor poderá proporcionar uma ventilação adequada e segurança ao paciente.Os autoresSimões et al (2021) também vão ao encontro dessa informação ao relatarem que a utilização de protetor bucal pré-fabricado EVA é eficaz no tratamento da úlcera traumática e a lesão é passível de cicatrização completa. Por outro lado,Curi et al (2017) apesar de corroborarem com as vantagens deste tipo de protetor relatada pelos autores Franco et al(2021), Lima et al (2021), percebeu que por ele possuir tamanho único e padronizado, poderá ser deslocado e não exercer a sua função adequada.…”