Os diferentes tratamentos de superfície sobre os implantes dentários têm a premissa de aprimorar a interface de contato entre osso e implante, acelerando o processo de osseointegração. O objetivo desta revisão de literatura foi verificar os diferentes tipos de tratamentos de superfície dos implantes dentários de titânio e zircônia, suas características e ações sobre a osseointegração. Para isso, foram realizadas pesquisas nas bases de dados nacionais e internacionais: PUBMED, SciELO e Google Scholar. Os dados encontrados demonstram que tanto em implantes de titânio quanto em zircônia, as superfícies podem ser modificadas, com o objetivo de uma melhoria no desempenho biológico acelerando o processo inicial de cicatrização, a fim de promover uma estabilidade inicial superior aos implantes sem tratamento. Ainda, as alterações que promovem uma maior energia de superfície, aumentando a molhabilidade e hidrofilicidade apresentam uma maior adesão e proliferação de osteoblastos e consequentemente uma neoformação óssea mais acelerada, que contribuem para esse processo inicial de cicatrização e osseointegração. Apesar de uma variabilidade nos tipos de tratamento, sendo alguns em comum com o titânio e zircônia, as alterações se mostraram eficazes, permitindo um carregamento em tempos menores. A escolha do tratamento de superfície pode ser determinada pela qualidade óssea, condições sistêmicas do paciente e o tipo de carregamento pré planejado. Em relação aos implantes de zircônia, os estudos são promissores, mas são necessários estudos a longo prazo, pois não há ainda, dados suficientes que indiquem com clareza e segurança a utilização destes implantes, salvo em casos de comprovada alergenicidade ao titânio.