A Esclerose Lateral Amiotrófica pode ser entendida como uma doença neurodegenerativa progressiva, idiopática, grave que acomete o sistema motor ou motoneurônios do neuroeixo, promovendo arreflexia, fasciculação, amiotrofia e paresia, por exemplo - influenciando diretamente a realização de uma higienização bucal favorável nesse paciente, que torna-se dependente dos cuidados de terceiros, em geral um membro da família. A partir disso, utilizou-se uma metodologia exploratória, de cunho qualitativo e bibliográfico nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Assim, utilizou-se uma metodologia de busca avançada através de descritores booleanos, inserindo artigos completos, publicados entre os anos de 2005 à 2022 em língua portuguesa, inglesa e espanhola. Com base nisso, observou-se que os pacientes com ELA estão mais sujeitos a desenvolverem lesões cariosas, acúmulo de biofilme e cálculo dental, alterações no colágeno do tecido gengival, alterações fonéticas, fraqueza muscular, alterações na articulação temporomandibular, alterações na mastigação, deglutição e gengivite, havendo necessidades especiais de higienização bucal pelos cuidadores desses pacientes - onde o cirurgião-dentista também deverá estar inserido nessa esfera de cuidados para esses pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica, devendo ser dotado de técnicas e métodos para cada paciente em específico, acompanhando de perto todo o histórico pregresso de higiene oral no paciente, avaliando, corrigindo, preservando ou modificando os atuais hábitos que os cuidadores já realizam nesse paciente, garantindo uma manutenção adequada de higiene oral e, consequentemente, saúde sistêmica para ele, visto que a boca é uma das principais portas de entrada para infecções ou novas patologias.