Tratamento químico de sementes de grão-de-bico e impacto fisiológico e sanitário

Abstract

O grão-de-bico nos últimos anos tem sido amplamente cultivado nos campos agrícolas, no entanto, é acometido por uma série de fitopatógenos, que interferem de forma negativa no rendimento das cultivares. Objetivou-se avaliar as variáveis fisiológicas e sanitárias de sete cultivares de grão-de-bico e a eficiência do tratamento de sementes para o controle de fitopatógenos. Na cidade de Urutaí, na safra 2018, as cultivares BRS Aleppo, Flip 03, Flip 02, FLIP 155 C, 03 109, Cícero e Jamu 96, foram cultivadas e suas sementes 120 dias após o plantio foram colhidas e tratadas quimicamente (piraclostrobina (25 g L-1) + tiofanato-metílico (225 g L-1) + fipronil (250 g L-1), com volume equivalente a 200 mL do p.c. para cada 100 kg de sementes) e plaqueadas utilizando o método “Blotter Test”. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial (sete cultivares x dois com e sem tratamento), com 10 repetições de 25 sementes por repetição. Analisou-se 500 sementes de cada cultivar (250 tratadas e 250 não tratadas), sendo avaliado a emissão de raiz primária, emissão de parte aérea e a incidência de microrganismos, incidência de gênero de microrganismos. Empregou-se teste paramétrico, não paramétrico e análise de componentes principais. As cultivares que apresentaram melhor desempenho foram o BRS Allepo, Flip 02 e Flip 03. O tratamento de sementes influenciou favoravelmente a emissão de parte aérea e emissão de raiz primária. Foram identificados sete fungos nas sementes representados por Fusarium sp., Penicillium sp., Aspergillus sp., Rhizopus sp., Rhizoctonia sp., Mucor sp. e Cladosporium sp.

Alterações bioquímicas, fisiológicas e sanitárias em sementes de grão-de-bico (Cicer arietinum L.) durante o armazenamento

“…parece não atuar sobre a deterioração de sementes de grão-de-bico durante o armazenamento, visto que não foi observada relação direta entre a sua incidência e a redução na qualidade fisiológica das sementes. No entanto, Lima et al (2021) , o que está de acordo com a literatura que afirma que Cladosporium spp. é componente da microflora de sementes, porém, sem causar danos a elas (HOSKEM et al, 2017;GOULART, 2018).…”