Introdução: A toxina botulínica tem sua aplicação magistral no âmbito terapêutico. Produzida pela bactéria Clostridium botulinum, obteve grande destaque no setor odontológico por possuir protocolos seguros, rápidos, eficazes e replicáveis. Objetivos: Analisar e sintetizar informações atualizadas acerca do uso da toxina botulínica no âmbito da Odontologia. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa. Para coleta de dados foram realizadas buscas nas plataformas PubMed, Scientific Eletronic Library Online e Biblioteca Virtual em Saúde mediante a consulta dos descritores: “Botulinum Toxins, Type A”, “Dental Care”e “Esthetics”. Foram selecionados estudos completos em inglês, português e espanhol publicados no período de 2012 a 2022. Resultados: Dos 698 artigos examinados, destacaram-se 55 cuja análise permitiu identificar que o fármaco é eficaz como alternativa de tratamento em casos estéticos e funcionais/patológicos. São citados como exemplos: correção de assimetrias faciais, combate e atenuação de vários tipos de rugas e tratamento da cefaleia tensional, disfunção temporomandibular, bruxismo, hipertrofia de masseter e neuralgia de trigêmeo. Conclusão: Os efeitos da aplicação da toxina botulínica são transitórios. Ou seja, sua administração causa denervação química temporária. O sucesso da técnica depende intimamente, além de outras questões, da correta identificação do(s) músculo(s) envolvido(s) no problema, da inexistência de hiperatividade geral muscular na área em questão e de possíveis causas iatrogênicas. Dessa forma, a toxina mostra-se eficaz em casos onde os protocolos vigentes e as limitações da terapia de escolha são respeitados.