INTRODUÇÃOO primeiro relato da luxação traumática atlanto-occipital (LTAO) ocorreu em 1908, no qual um marinheiro de 19 anos de idade sofreu acidente durante a prática de exercícios de ginástica (1) . O paciente, que apresentava quadriplegia completa e insuficiência respirató-ria, foi a óbito após ser submetido a laminectomia descompressiva.A luxação traumática atlanto-occipital é lesão rara e sua incidência exata permanece desconhecida. Nas vítimas fatais de acidente automobilístico foi observada incidência de 20-25% de LTAO, documentada por exames radiográficos (2) . Em nosso meio, não verificamos na literatura pertinente relatos desse tipo de lesão.Os pacientes que sobrevivem a essa lesão apresentam quadro clínico variado que não se correlaciona com o tipo da lesão atlanto-occipital. Os sintomas incluem dor cervical associada à limitação da mobilidade, torcicolo, paralisia dos nervos cranianos, sinais e sintomas sistêmicos de isquemia da circulação vertebrobasilar, déficit neurológico e coma (3)(4) . Os sobreviventes com ausência completa de lesão neurológica são raros (4) .
RESUMOA luxação traumática atlanto-occipital é lesão rara, de incidência desconhecida e está associada a elevada taxa de mortalidade. Os autores relatam o diagnóstico, tratamento e seguimento de dois anos de uma paciente de 25 anos de idade, vítima de acidente automobilístico e luxação atlanto-occipital traumática confirmada por exames de imagem.Descritores -Articulação atlanto-occipital /lesões; Traumatismos da coluna vertebral / diagnóstico; Traumatismos da coluna vertebral / cirurgia; Relato de casos [Tipo de publicação]
ABSTRACTTraumatic atlanto-occipital dislocation is a rare lesion whose incidence is not know, and which is