Introdução: A lesão central de células gigantes, também conhecida como granuloma central de células gigantes é considerada como sendo uma lesão não neoplásica, que é constituída por tecido fibroso com focos múltiplos de hemorragia, agregação de células gigantes multinucleadas e, em alguns casos, trabéculas de tecido ósseo, acomete frequentemente a região central da mandíbula, cruzando a linha média, e corresponde a 7% de todas as lesões benignas dos maxilares. Embora possa afetar uma grande faixa etária, é mais comum de se observar em pacientes entre 2 e 30 anos de idade. Possui uma leve preferência pelo sexo feminino, com um pico de incidência na faixa etária entre 10 e 25 anos. Objetivo: Relatar o caso clínico, bem como discutir a abordagem terapêutica utilizada, de uma lesão central de células gigantes em mandíbula, que progrediu com piora após tratamento conservador proposto. Discussão: O tratamento das LCCG se dá tradicionalmente por remoções cirúrgicas seguidas ou não de curetagem. Há também medidas suplementares, como a criocirurgia ou osteotomia periférica. Em casos onde grandes mutilações são previsíveis, é possível lançar mão de tratamentos alternativos, como as injeções intralesional de corticosteroides, calcitonina, subcutânea ou nasal, interferon al fa-2ª subcutânea, imatinib e bifosfonatos. Considerações finais: O tratamento cirúrgico com ressecção parcial associada a reconstrução óssea com osso autógeno de crista ilíaca, se mostrou eficiente em casos de insucesso da terapêutica conservadora.