88Cerâmica 60 (2014) [88][89][90][91][92][93][94][95]
INTRODUÇÃOOs cimentos de aluminato de cálcio constituem os agentes ligantes mais utilizados em aplicações refratárias industriais, devido principalmente a sua disponibilidade, baixo custo, capacidade de conferir alta resistência mecânica e resistência ao ataque por agentes agressivos, quando em uso [1,2].O cimento de aluminato de cálcio também tem sido utilizado na área da saúde. Sua aplicação iniciou-se no campo odontológico, onde em 1987, Hermansson desenvolveu um processo químico com o objetivo de criar um novo restaurador dental mais biocompatível do que a amalgama. No mesmo ano ele fundou a Doxa Certex AB, posteriormente Doxa AB, dando continuidade ao desenvolvimento do cimento aluminoso. A primeira patente foi depositada em 1990 como um material restaurador dental. Durante os anos 90 a Doxa AB finalizou a formulação do material em uma versão comercial do cimento aluminoso chamado de Doxadent ® , recebendo o selo CE no ano de 2000 e introduzido no mercado odontológico em outubro do mesmo ano [3]. Um cimento endodôntico a base de cimento de aluminato de cálcio (ECAC) também foi desenvolvido [4,5] visando preservar e ampliar as propriedades positivas e aplicações clínicas do material mais utilizado atualmente como um cimento reparador conhecido por MTA (mineral trioxide aggregate), além de superar as suas limitações dentre as quais se destacam a baixa resistência mecânica [6,7], escurecimento do dente ao longo do tempo, pega lenta e alto custo [8,9]. O aluminato de cálcio também tem sido estudado como um cimento reparador em ortopedia [10]