“…Apesar do ácido oleico não ser um ácido graxo essencial, é considerado o mais importante dentre os ácidos graxos monoinsaturados(DOLINSKY, 2009), por isso também é recomendada sua inclusão na dieta alimentar, sendo que uma dieta de elevado teor em ácido oleico pode ser facilmente alcançada através do consumo de óleo de amendoim(DONG et al, 2015).Os ácidos graxos monoinsaturados melhoram o metabolismo energético ao contribuir para maior termogênese induzida pela dieta, aumentando a oxidação da gordura corporal, contribuindo para a maior sensação de plenitude e compensação incompleta para o consumo de energia, o que torna o óleo de amendoim útil para a intervenção dietética que objetive reduzir o peso corporal e com isso o desenvolvimento de doenças metabólicas para as quais a obesidade representa um dos principais fatores de risco(HIGGS, 2002;ALVES et al, 2014).Os lipídeos bioativos alimentares, tais como ácidos graxos polinsaturados da série n-3, ácido linoléico conjugado, triacilglicerol de cadeia média e diacilglicerol, também reduzem o acúmulo de tecido adiposo abdominal e de lipídios no fígado e no soro, além de melhorar os níveis pressóricos e glicêmicos por meio da regulação transcricional de genes envolvidos no metabolismo lipídico e de glicose(COZZOLINO & COMINETTI, 2013). No entanto, o consumo de ácios graxos polinsaturados deve corresponder a no máximo 7-10% do consumo diário de energia, de modo a evitar a redução dos níveis de HDL-colesterol, que estão relacionados com um risco reduzido das doenças cardiovasculares(RODRIGUES et al, 2011).Ao considerar os efeitos nutricionais dos óleos comestíveis, além do perfil de ácidos graxos, é importante observar que a estrutura dos triacilgliceróis e a composição das espécies afetam a digestão e absorção dos triacilgliceróis(DONG et al, 2015). O posicionamento dos ácidos graxos no triacilglicerol da dieta determina como os ácidos graxos serão absorvidos, pois durante a digestão, a lipase pancreática, principal enzima da digestão de triacilgliceróis, hidrolisa as ligações éster nas posições sn-1 e sn-3 da molécula do glicerol, tornando os ácidos graxos localizados nestas posições menos biodisponíveis, já que ficam livres no lúmen intestinal e podem formar sais de cálcio insolúveis e serem secretados nas fezes, enquanto que o ácido graxo localizado na posição sn-2 pode ser incorporado ao tecido adiposo humano (COZZOLINO & COMINETTI, 2013).Tendo em vista a estabilidade oxidativa apresentada pelos óleos com altos teores de ácido oleico e suas propriedades benéficas à saúde do consumidor, Kassa e colaboradores (2009) destacaram que a manipulação genética que visa o desenvolvimento de variedades de culturas oleaginosas com altas concentrações de ácido oleico e baixas concentrações de ácido linoléico tem sido desenvolvida em diversas culturas oleaginosas economicamente importantes, Glycine max L.…”