Objetivo: Avaliar as características, evolução e desfecho dos pacientes coinfectados por COVID-19 e tuberculose (TB). Metodologia: A fim de responder a pergunta norteadora “Quais os riscos da coinfecção por COVID-19 e tuberculose?”, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, qualitativa, com abordagem descritiva, nas bases de dados Google Scholar, PubMed, Cochrane Library, SciELO e LILACS, utilizando os descritores “COVID-19”, “Tuberculosis” e “Co-infection”. Foram critérios de inclusão: artigo disponível na íntegra, publicado em 2020, nos idiomas português, inglês e/ou espanhol. De exclusão artigos sem relação com o tema, com foco em ferramentas estatísticas, resumos isolados, capítulos de livros, editoriais, artigos de revisão, fichas técnicas, teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso. Resultados: Foram incluídos 8 artigos. A maioria dos pacientes coinfectados foram do sexo masculino, com média de idade de 47,19 anos. Os sintomas mais relatados foram febre, tosse, dispneia e cefaleia. As principais alterações laboratoriais incluíram elevação de proteína C reativa, velocidade de hemossedimentação, D-dímero e fibrinogênio. Achados imaginológicos como opacificações, derrame pleural, “árvore em brotamento”, vidro fosco, cavitações, atelectasias e espessamento do septo lobar foram frequentes. A coinfecção esteve mais atrelada a casos severos da doença e a letalidade foi de até 33,3%. Socialmente, a coinfecção repercute em dificuldades em diagnóstico diferencial, morbidade em grupos vulneráveis e dificuldade de acesso a tratamento em cenário pandêmico. Conclusão: Alguns estudos divergiram acerca da letalidade, porém foi possível observar uma tendência à associação de gravidade do curso clínico nos pacientes coinfectados.