Este artigo analisa as práticas documentárias do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (IBECC), tendo como estudo de caso algumas ações de sua Comissão Técnica de Folclore entre os anos de 1947 e 1951. Para tanto, investiga a institucionalização de uma rede de intelectuais no Brasil que defendeu uma perspectiva científica do Folclore, estimulada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A partir de uma pesquisa qualitativa, baseada em revisão de literatura e análise documental, analisa-se como essa rede produziu uma infopolítica das coleções. Do mesmo modo, evidencia como mobilizou cultura material e práticas documentárias no intuito de autonomizar o campo do Folclore no Brasil nos primeiros anos de atuação da Comissão Técnica de Folclore.