Turismo indígena, protagonismo e desenvolvimento local

Abstract

Este artigo apresenta a experiência da elaboração do primeiro Plano de Visitação proposto na região do Médio Solimões, Amazonas, conduzido pelos moradores da Terra Indígena Jaquiri, sobreposta à Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Buscou-se por objetivo discutir o Plano de Visitação como estratégia para o fortalecimento do turismo de base comunitária, desta forma, apresenta-se o interesse da aldeia em desenvolver através dele ações que valorizem e criem meios de visibilidade política e cultural ao coletivo indígena Kambeba, assim como uma alternativa sustentável de renda, operando concomitantemente como instrumento de fortalecimento, gestão e proteção de seu território.

Levantamento e mapeamento de iniciativas de turismo em territórios indígenas no Brasil

“…Levantamento e mapeamento de iniciativas de turismo em territórios indígenas no Brasil. Rosa dos Ventos -Turismo e Hospitalidade,15(3), 650-674. http://dx.doi.org/10.18226/21789061.v15i3p650 (Schneider & Alvarenga, 2015), Jaquiri (Rosa, Rosa & Nassar, 2020), Yanomami (Goulart, 2020, Tenharim/Marmelos (Corbari & Storniolo, 2022), Médio Rio Negro I e II (Funai, 2019), Uneuixi e Jurubaxi-Téa (Gasparinetti & Ozorio, 2019). Cabe listar ainda as TI Las Casas (Silva, 2015), Mekragnoti (Corbari & Storniolo, 2022) e Kayabi (Funai, 2019), no Pará.…”

“…Embora as ações e as iniciativas de turismo envolvendo povos indígenas não sejam recentes (Oliveira, 2021), foi a partir de 2006 que as discussões puderam avançar (Held, 2013;Rosa, Rosa & Nassar, 2020). Assim, há um caminho histórico que culminou na Instrução Normativa 003/2015, que regulamentou a atividade turística em TI, estabelecendo normas e diretrizes (Funai, 2015) respaldadas por documentos e políticas públicas anteriores, como: (i) Convenção (Corbari & Storniolo, 2022).…”

Ecoturismo e turismo comunitário em uma reserva de desenvolvimento sustentável no Nordeste Brasileiro

“…O TBC também conhecido como turismo comunitário, emergiu no Brasil como um modelo de desenvolvimento turístico que se concentra nos recursos locais, incluindo recursos humanos, naturais e de infraestrutura, com a participação direta das comunidades locais em sua concepção e gestão Nassar, 2020). Reconhecido não apenas como um segmento turístico, mas também como uma ferramenta de organização e empoderamento das comunidades receptoras, o TBC proporciona experiências aos visitantes ao mesmo tempo em que promove a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades tradicionais (Neto;Barreto;Silva, 2023).…”