Uma epidemia de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) está em curso e uma grande proporção de pessoas com essa doença não pratica exercícios físicos regularmente. Em Belo Horizonte, o Programa Academia da Cidade (PAC) se apresenta como uma estratégia de melhoria da qualidade de vida da população, através da prática de exercícios físicos. Logo, é relevante compreendermos o impacto deste na saúde de indivíduos com e sem diagnóstico de DM, ao longo do tempo. Para análise da aderência foram utilizadas as chamadas de frequência e para as medidas antropométricas utilizou-se as Planilhas de Avaliação Física do Programa. Foram avaliados 812 usuários, divididos nos grupos: “diabéticos” (GD) e “nāo-diabéticos” (GND). A avaliação física foi feita no início, 6 e 12 meses após inserção às atividades. A presença às aulas foi semelhante entre os grupos GD e GND. No momento de entrada, as medidas de pressão arterial sistólica (PAS), peso (P), circunferência abdominal (CA) e índice de massa corporal (IMC) do GD foram significativamente maiores do que GND (p = 0,008, 0,001, < 0,001 e < 0,000, respectivamente). Após 12 meses, GD e GND apresentaram diminuição significante de CA (p = 0,037 e p = 0,005, respectivamente). Em conclusão, no PAC da Regional Nordeste de Belo Horizonte, após 12 meses, GD e GND apresentaram aderência semelhante às aulas, havendo redução significativa para CA. Sugere-se um estudo por maior tempo para identificar resultados mais robustos às demais variáveis.