O processo de cronologia da erupção dentária é uma parte integrante do crescimento e desenvolvimento infantil. No entanto, o atraso na erupção dos dentes é algo frequente em muitas crianças, sendo necessário o cirurgião-dentista e/ou odontopediatra saber avaliar cada caso. Um dos motivos relacionados a esse atraso é a fibrose gengival, que após uma avaliação clínica e de exames radiográficos minuciosos da região, constatando-se ausência de tecido ósseo, opta-se pelo tratamento por meio da técnica de ulectomia, a qual consiste na exérese dos tecidos que revestem a face incisal da coroa dentária de um dente não irrompido, com o objetivo de permitir um caminho livre para esse dente vir a ocupar sua posição na arcada. O objetivo desse trabalho é relatar uma série de casos clínicos que evidenciam irrompimento dos elementos 11, 12, 21 e 22. Os pacientes descritos relataram queixa de ausência dos dentes anteriores, que após o exame clínico e radiográfico, observou-se que se tratava de uma retenção de erupção dentaria devido a um fibrosamento gengival. O tratamento proposto foi a ulectomia utilizando a técnica convencional, com o bisturi, e a técnica com laser de alta potência, visando a exposição das bordas incisais desses elementos, propiciando, consequentemente, a movimentação eruptiva. Conclui-se que, frente a possíveis casos de retardo na erupção dentaria, a ulectomia se mostra como uma excelente escolha de tratamento, pela sua técnica simples, de recuperação e resultados rápidos, aspirando devolver para os pacientes funcionalidade, saúde e estética.