A ultrassonografia é um método de diagnóstico por imagem amplamente utilizado na medicina veterinária, dessa forma, permite a avaliação de diversos órgãos em tempo real. A ultrassonografia abdominal é fundamental para avaliar os órgãos abdominais, como o baço, que possui importantes funções no organismo dos animais e é predisposto a vários processos patológicos, dentre eles os neoplásicos. A neoplasia esplênica mais comum é o hemangiossarcoma, que é um tumor originado de células endoteliais dos vasos sanguíneos, altamente maligno e metastático, que ocorre mais frequentemente em cães com idade média de nove a 12 anos, e as raças mais predispostas são Pastor Alemão, Golden Retriever, Labrador Retriever e Schnauzer. A etiologia do hemangiossarcoma em cães permanece incerta e geralmente os sinais clínicos são inespecíficos, variando conforme o local de origem do tumor primário, com a presença ou ausência de metástases e com a ruptura espontânea do tumor. O diagnóstico dessa afecção é realizado através do histórico e sinais clínicos do paciente, exame físico e exames complementares, sendo assim, o estadiamento clínico permite uma avaliação precisa do estágio da doença do paciente. A ultrassonografia abdominal é importante para detectar hemangiossarcoma esplênico, o qual é identificado por sua ecogenicidade complexa e heterogênea, sendo constituído de áreas anecogênicas, hipoecogênicas e hiperecogênicas, causadas por hemorragia, necrose e tecido fibrótico ou calcificado, e muitas vezes é acompanhado de líquido peritoneal. Além disso, auxilia no direcionamento do tratamento e consequentemente melhora a qualidade de vida do paciente. Porém, o diagnóstico definitivo só pode ser obtido através de análise histopatológica de amostras coletadas por biópsia guiada por ultrassom ou após esplenectomia. Normalmente, o prognóstico do hemangiossarcoma é ruim. O objetivo desse trabalho é descrever as características ultrassonográficas encontradas no hemangiossarcoma esplênico em cães.