“…Evidências arqueológicas retratam a valorização das crianças e da infância nas sociedades grega e romana. 2 Por exemplo, no sítio arqueológico de Conimbriga, província da Lusitânia, escavações descortinaram artefatos que se vinculavam às experiências educacionais e aos entretenimentos, como, por exemplo, casinhas (simulacra domuum), carrinhos (plostella), bonecas (pupae), soldados (ducatus aut imperia), entre outros mais (PESSOA et al, 2000). Tais artefatos conduzem a questões que, exploradas por Mary Harlow (2013, p. 324), em seu artigo Toys, dolls, and the material culture of childhood, conduziram-na a indagar se os bens deveriam comemorar e representar o ente querido, se serviam a um propósito específico da vida no post mortem, se atuariam na projeção familiar dentro da comunidade, se idealizariam a educação da criança falecida, se estavam associados ao culto aos mortos e, assim, consecutivamente.…”