Um muro de silêncio: a subnotificação do abuso sexual infantil intrafamiliar / A wall of silence: the underreporting of intrafamilial child sexual abuse

Abstract

Introdução: O abuso sexual infantil acontece no momento em que uma criança é coagida à atividade sexual. Cerca de 80% dos abusos são intrafamiliares, tornando esse tipo de violência um crime velado e de real prevalência desconhecida. Metodologia: Trata-se de uma revisão literária baseada em artigos retirados das bases de dados SciELO e MedLine, por meio da consulta ao DeCs, através do descritor: abuso sexual infantil. Resultado: Foram selecionadas 4 fontes para serem utilizados como referencial para este artigo Discussão: Fatores como o medo de represálias, as ameaças do agressor, a falta de educação sexual, o medo de ser desacreditado e a falta de preparo profissional para o reconhecimento de tal crime favorecem a subnotificação do tipo de violência sexual mais comum contra crianças e adolescentes, a intrafamiliar. Conclusão: O abuso sexual é um crime velado. Evidencia-se a necessidade de mais estudos sobre a real prevalência e medidas de educação, prevenção e proteção para as vítimas.

Tentativa de autoextermínio e violência sexual: perfil de um ambulatório do Distrito Federal

“…Esses transtornos mentais, como depressão e ansiedade, podem acompanhar o indivíduo durante toda a vida adulta e afetar negativamente a sua saúde [24][25] . Além disso, a relação direta com tentativa de autoextermínio e associação indireta com vitimização sexual prejudicam toda a relação social do indivíduo 26 .…”

Atuação do psicólogo na rede de proteção junto a famílias com histórico de abuso sexual infantil

“…À vista disso, o modelo machista e patriarcal, aliado às fragilidades internas das famílias, atestam a presença do patriarcado na construção das relações entre familiares, marcada pela incidência do abuso sexual praticado por homens contra mulheres, resultando em grande número de vítimas. Sousa et al (2022), tal como Sanson e Hohendorff (2021), abalizam que o desconhecimento da vítima sobre a prática sexual imposta a ela, além das chantagens e ameaças feitas pelos agressores contribuem para a manutenção do segredo do abuso sofrido. Florentino (2014) e Santana et al (2019) explicam que a onipotência dos pais para com os filhos, ou mesmo negação da sexualidade das crianças e dos adolescentes constitui um fator fortalecedor desse segredo; por outro lado, explanam que a falta de informação no que diz respeito à educação sexual, colabora para a tolerância com atos correlatos, julgados pela sociedade como inadmissíveis.…”