Como docentes de disciplinas de cursos de pós-graduação em educação científica, temos vivenciado a experiência de lidar com uma questão repetitiva dos alunos: como utilizar efetivamente certa concepção didática? Neste artigo apontamos para a complexidade da resposta, diante do que Jacques Lacan vai denominar Discurso Capitalista. A pergunta leva a uma demanda por rápida resolução, reforçando as estratégias de ensino roteiristas, que não procuram refletir mais profundamente sobre os significados implícitos, obstaculizando o desenvolvimento de pensamentos mais complexos e distorcendo os pressupostos pela falta de amadurecimento. Além disso, o fundamental para a discussão é a adaptação ao tempo de aprendizagem do aluno, o Tempo Lógico. Com estas duas perspectivas, discurso capitalista e tempo lógico, problematizamos a escola atual, uma vez que tempo lógico e discurso capitalista não se mostram congruentes, dificultando a compreensão de teorias e de sua aplicabilidade.