Objetivou nesse trabalho analisar as tendências e lacunas dos estudos sobre mineração e impactos ambientais no Brasil nas últimas cinco décadas (1967 - 2017) através de análise cienciométrica. A pesquisa ocorreu através de busca de trabalhos com combinações de palavras, nas bases de dados ISI Web of Knowledge (Thomson Reuters), Scopus Database (Elsevier) e Scielo (Scientific Electronic Library Online). Foram tabulados 550 trabalhos. Existe uma correlação forte positiva entre o número de trabalhos e ano de publicação (r= 0,827; p < 0,001), há um crescimento significativo de publicações ao longo dos anos. A maior parte dos estudos foram realizados em ambiente terrestre (solo) (32,99%). As principais abordagens dos estudos são análise físico/química (34,91%). Foi encontrado uma alta diversidade de periódicos que publicam trabalhos sobre mineração no Brasil (H’= 4.653), sendo Revista Escola de Minas (6,36%) o periódico com maior número de publicações. O estado com maior número de publicações foi Minas Gerais (16,43%). Os minérios mais relacionados aos estudos foram ouro (26,19%). Alteração da qualidade do solo (26,35%) têm sido o impacto mais estudado em trabalhos sobre mineração. A área de atuação dos pesquisadores com maior frequência de ocorrência foi Ciências Biológicas (43,27%). Avaliar as métricas de produção científica da área de mineração no Brasil, permitiu identificar as lacunas, fator que contribui para que possíveis novos pesquisadores possam vir a realizar estudos que contemplem essa temática, salientando a necessidade de se descentralizar as pesquisas dos maiores centros urbanos do país e expandi-las as demais localidades.