“…Diante do contexto apresentado, observou-se a necessidade de adaptação e/ou de desenvolvimento de uma medida voltada para a investigação das estratégias de resolução de conflito romântico no Brasil. Considerando as limitações psicométricas de precisão da CRSI no estudo brasileiro (Delatorre et al, 2017), bem como a concepção de que a adaptação de instrumentos de outras culturas pode não atender plenamente o contexto alvo de adaptação (Borsa, Damásio, & Bandeira, 2012), seja por aspectos psicométricos, seja por aspectos de entendimento dos itens (Alexandre & Coluci, 2011; Pais-Ribeiro, 2013), os proponentes do presente estudo decidiram pelo desenvolvimento de um novo instrumento, a Escala de Estratégias de Resolução de Conflito Romântico (E-RCR), orientados tanto por ferramentas e modelos teóricos já reconhecidos na comunidade acadêmica nacional e internacional (Kurdek, 1994;Laurenceau, Troy, & Carver, 2005;Zacchilli, Hendrick, &Hendrick, 2009;Hatfield, Luckhurst, & Rapson, 2012;Cassepp-Borges & De Andrade, 2013), como também pela criação de novos itens orientados para conteúdos comportamentais relativos à natureza de relações amorosas entre brasileiros (Parte I). Por sua vez, compreendendo que o desenvolvimento de medidas é parte fundamental da ciência psicológica (Primi, 2010), bem como a criação de escalas psicológicas não deve ser um fim em si mesmo (Pais-Ribeiro, 2013; Tavares, 2003), acrescentando a necessidade de avanço no estudo das relações amorosas por estratégias metodológicas cientificamente reconhecidas (Hatfield, Luckhurst, &Rapson, 2012;Cassepp-Borges & De Andrade, 2013), a segunda parte deste artigo é orientada por um estudo teórico-empírico com base em hipóteses científicas, buscando compreender como aspectos de qualidade no relacionamento são afetados por estratégias de resolução de conflito em relacionamentos românticos (Parte II).…”